A educação pública tem sido historicamente assediada por interesses do capital corporativo. Comercialização e privatização, “despedagogização” e precarização do emprego; falta de uma agenda social eficaz e suficiente para atender a população estudantil, filhos e filhas da classe trabalhadora; insuficiência e deterioração constantes do parque físico por falta de uma política de manutenção adequada e limitação pessoal de materiais educativos, são apenas alguns elementos que mostram a ofensiva do capitalismo sobre a educação pública.

Com a chegada do neoliberalismo, esta ofensiva intensificou-se, assumindo a face de uma cultura avaliativa através de testes padronizados para alunos, alunas e profesores e professoras; curricularização de atividades educativas, implementação de modelos de acreditação universitária, ranking universitário e bibliometría; que procuraram estabelecer a ideia de que a educação era uma mercadoria.

Diante dessa situação, a resposta mais contundente foi dada pelo movimento estudantil organizado, bem como pelos sindicatos e associações docentes, através da mobilização e da geração de propostas alternativas. Numerosas vitórias populares e testemunhos em livros, revistas, comunicações, vídeos e sites da internet demonstram essas resistências. A presença cada vez mais ativa do movimento social pedagógico nas ruas e nos fóruns temáticos demonstra que o neoliberalismo está derrotado nas lutas e na produção de ideias que o confrontam.

Um poderoso movimento da Educação tem surgido no mundo, promovendo o pensamento crítico e a organização. Hoje é impossível falar de um movimento sindical combativo, classista e comprometido com os setores populares, sem que esse esforço seja acompanhado da construção de movimentos que pensem a educação em termos de defesa do público, da solidariedade e do comum.