Em 2015, o Fórum Mundial de Educação foi realizado em Icheon , na Coreia do Sul, organizado pela UNESCO e pelos governos membros desta organização multilateral. Esse acontecimento confirmou a viragem neoliberal que a organização estava a assumir, com base no destaque especial dado às corporações tecnológicas e às fundações de filantropia empresarial. A partir desse momento, redobrou-se a necessidade de redobrar os contactos entre aqueles que resistiram a esta mudança estrutural que estava a impactar as políticas educativas.

Além das vozes dos acadêmicos, juntaram-se guildas e sindicatos de trabalhadores da educação, que construíram um tecido de diálogo que seria fortalecido a partir de 2020, no quadro da pandemia, com a criação do Grupo de Contato Internacional (GCI).

O GCI, juntamente com Outras Vozes na Educação, organizou o primeiro Congresso Mundial contra o Neoliberalismo Educacional, que foi realizado virtualmente em setembro de 2020. Aí foi ratificada a necessidade de aprofundar a unidade de ação daqueles de nós que lutamos contra as políticas neoliberais.

Em junho de 2023, o II Congresso Mundial presencial contra o neoliberalismo educacional foi realizado na Cidade do Panamá, Panamá. Foram 83 delegados internacionais e cerca de 500 delegados nacionais que confirmaram a rejeição das políticas educacionais neoliberais e reafirmaram a necessidade de construir plataformas de encontro e coordenação. Neste quadro, decidiu-se convocar o III Congresso Mundial contra o Neoliberalismo educativo em 2024.